É um projeto de pesquisa que busca a gestão eficiente e participativa de cidades inteligentes (smart city) por meio de uma plataforma de compartilhamento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
A plataforma do ParticipACT Brasil centraliza um conjunto de dados de organizações públicas e privadas, incluindo as próprias universidades, bem como os dados coletados pelos cidadãos (crowdsensing). Das organizações públicas, por exemplo, é possível obter dados sobre consumo de água, energia e coleta de lixo. Das empresas privadas, o ParticipACT Brasil pode coletar informações sobre gastos com certos produtos, emprego e renda. Os cidadãos, por sua vez, podem atuar enviando informações sobre sua movimentação pela cidade (mobilidade), as restrições com as quais se deparam (acessibilidade) e emergências (acidentes de trânsito, congestionamentos, crimes, etc). Esses dados são organizados pela plataforma ParticipACT Brasil como um “grande laboratório vivo”.
Os recentes avanços nas tecnologias da informação e comunicação possibilitaram esse projeto. A difusão de smartphones permite o acesso a dados em larga escala por meio de sensores disponíveis nos aparelhos, como acelerômetros, termômetros, câmeras e microfones. Essas informações podem ser amplamente coletadas em áreas urbanas, organizadas e disponibilizadas para análises, possibilitando uma série de aplicações por meio do que chamamos mobile crowdsensing (MCS). Ou seja, são dados coletados de forma ativa ou passiva junto à população.
As informações coletadas com as pessoas são recursos valiosos para os responsáveis por pensar o futuro das cidades. Nossa capacidade de explorar a inteligência coletiva para atingir objetivos comuns, como sugerem as ideias de e-participação e e-inclusão, ainda é muito limitada. Um dos objetivos do ParticipACT Brasil é integrar os cenários virtuais e reais de uma cidade inteligente, facilitando comportamentos e ações que melhoram a governança por meio da participação cidadã.
Além disso, a plataforma propõe a análise cruzada dos dados coletados, oferecendo, dessa forma, suporte a projetos de pesquisa sobre cidades inteligentes de três maneiras: (i) permitindo o acesso de pesquisadores a uma grande quantidade de dados e ao histórico da coleta desses dados; (ii) envolvendo os cidadãos por meio de MCS; e (iii) disponibilizando esses dados aos gestores públicos e privados para viabilizar a gestão inteligente de problemas urbanos.