Entre os objetivos do projeto ParticipACT Brasil está a gestão participativa de uma smart city – cidade inteligente. Para isso, o projeto propõe a coleta colaborativa dos dados e compartilhamento social dos resultados.
Nas últimas décadas, houve um crescimento global na geração de dados devido à popularização dos dispositivos móveis conectados à internet, à expansão do uso de computação em nuvem, bem como a presença e conectividade de sensores nos dispositivos, a chamada “internet das coisas”.
A velocidade no desenvolvimento dessas tecnologias, aplicações, armazenamento de dados, modelos de negócio e serviços digitais é superior à capacidade de operação da administração pública.
O uso eficiente de plataformas de big data pode contribuir com o crescimento econômico, aumentando a produtividade e competitividade de negócios e governos. Menos de 0,5% dos dados disponíveis atualmente são analisados. Isso representa um grande potencial que não tem sido explorado, mas que pode conduzir à consolidação da sociedade do conhecimento.
O ParticipACT Brasil pode melhorar o desempenho dos governos, organizando a grande quantidade de dados gerados em uma cidade. O objetivo do projeto também é integrar as áreas das ciências sociais, ciências da computação e engenharia, reforçando a importância da análise de dados na administração pública.
Especialmente em Florianópolis, há uma série de problemas urbanos a serem estudados. O crescimento desordenado, por exemplo, tem impactado negativamente a vida na cidade com o aumento do tráfego em algumas regiões, problemas de saneamento básico e fornecimento de água e energia, principalmente nas temporadas de verão, quando a população triplica com a chegada de turistas. Outras preocupações são o sistema de transporte público e a proteção ambiental.
Nesse cenário, a administração pública precisa explorar adequadamente os estudos técnicos-científicos para gerenciar os escassos recursos disponíveis, adotando ferramentas e processos adequados. Tais problemas exigem soluções de longo prazo, implementadas sistematicamente por todos os atores da sociedade. Esse tipo de gerenciamento demanda trabalho integrado, além de uma postura democrática de todos os envolvidos.